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Angola procura captar investimento directo estrangeiro a partir da Itália

Angola vai aproveitar o “Fórum de Investimento 2023”, que vai decorrer de 17 a 20 de Outubro, em Roma (Itália), para captar investimento directo estrangeiro, com vista a dinamizar o sector do agronegócio, informou, em Luanda, o secretário de Estado para a Economia.





Ivan Marques dos Santos, que falava em conferência de imprensa para apresentar as principais acções que a delegação angolana irá desenvolver durante o evento, a convite da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), disse que o objectivo é estreitar relações com parceiros internacionais, sobretudo bancos multilaterais, que são os principais vectores de captação de investimento directo estrangeiro.

Durante o evento, Angola prevê apresentar a estratégia de Longo Prazo 2050 e o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027.

Na estratégia de Longo Prazo, esclareceu Ivan Marques dos Santos, espera-se atingir cerca de 33 mil milhões de dólares em investimento directo estrangeiro.

Para alcançar estas metas, Angola quer aproveitar ao máximo os fóruns internacionais para mobilizar o maior número de investidores para alavancar a economia nacional.

O evento servirá, ainda,  para divulgar os programas estruturantes que visam dinamizar o tecido produtivo, nomeadamente o PLANAGRÃO, PLANAPECUÁRIA, PLANAPESCA, e outros programas já em curso, com o objectivo de dinamizar a nova versão do PRODESI.

"Acreditamos que iremos conseguir  neste fórum divulgar as potencialidades que o país dispõe, desde o sector primário, secundário e terciário”, frisou.

Angola estará representada por uma comissão multissectorial, bem como representantes do sector privado, entre grandes, médios e pequenos empresários.

O Fórum, que decorre em três dias na cidade de Roma, prevê a presença de 75 países e mais de mil participantes.

Atracção de investimento

A representante  residente  da FAO  em Angola, Guerda Barreto, disse que  Angola foi seleccionada para participar no Fórum por apresentar um plano "robusto” de atracção de investimento, principalmente para o PLANAGRÃO e PLANAPECUÁRIA.

No primeiro dia do evento, segundo Guerda Barreto, Angola vai  apresentar  as reformas económicas, projectos de retorno de investimento e planos de investimentos.

Explicou ainda que no dia 17 a delegação angolana terá 15 reuniões com instituições financeiras, com realce para o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Banco Mundial (BM).

Guerda Barreto destacou que a delegação angolana  poderá mostrar ao mundo que é um dos melhores países em África para captar investidores no sector agrícola, por registar uma das maiores bacias de água doce do mundo, bem como  reservas agro-ecológicas.

BAD apoia vários projectos pelo país

O representante residente do BAD em Angola, Pietro Toigo, disse que a sua instituição promoveu para Angola seis projectos de investimentos avaliados em 2 biliões de dólares, desde  2018.

Pietro Toigo sublinhou que estão, também, em curso investimentos no sector agrícola, na província de Cabinda, denominado "Projecto Integrado de Desenvolvimento das Cadeias Agrícolas”, bem como o da agricultura tropical, com realce para as frutas tropicais, cacau, café e tubérculos.

O BAD apoia igualmente projectos ligados à melhoria da rede eléctrica e de  reparação e construção de vias de acesso.

"Para maior captação de investimentos dos países africanos, incluindo Angola, desenvolvemos iniciativas  como o Fórum de Investimento África, que este ano será realizado em  Marrocos, na cidade de  Marrakesh”, frisou Pietro Toigo.

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